O mundo tem pressa. As pessoas tem pressa. Atropelados pela locomotiva da sociedade moderna, as pessoas querem resolver seus problemas rapidamente. Com o Ortodontista não é diferente. Cada vez mais somos pressionados para oferecermos tratamentos modernos, objetivos e rápidos. Há várias décadas os tratamentos Ortodônticos apresentam tempos de tratamento que variam em média entre 2 e 3 anos. Isto se deve ao fato de que, para que a movimentação dentária ocorra, há sempre o elo biológico do processo. Os componentes celulares e teciduais precisam ser ativados nos lados de pressão e tensão para que o movimento se realize. Contudo esta aceleração bioquímica ainda não está ao nosso alcance. Ainda assim, vários fatores podem ser  considerados para que consigamos acelerar nossos tratamentos.

O primeiro fator passa obrigatoriamente pela experiência do Ortodontista. Seu preparo técnico e científico pode levar a planejamentos mais adequados, objetivos e direcionados, o que pode conduzir  a tratamentos mais rápidos e menos complicados, evitando-se caminhos mais difíceis e tortuosos. O segundo fator que pode acelerar os tratamentos está relacionado à evolução dos aparelhos. Dentre as alternativas disponíveis, os aparelhos autoligados (Self Ligating Brackets) geram um menor atrito na interface fio/canaleta, fator que combinado ao uso de fios Ortodônticos superelásticos de última geração, podem levar a tratamentos mais rápidos. O terceiro fator está ligado a novas técnicas como o uso de ancoragens ósseas absolutas, como as mini-placas, que quando bem indicadas podem nos levar a consideráveis ganhos nos prazos do tratamento. Ainda no que se refere a novas técnicas, temos que dar especial destaque a moderníssimas técnicas cirúrgicas de corticotomias e ósteo-perfurações associadas aos movimentos Ortodônticos, que ao realizarem cortes em níveis ósseos, conseguem uma potencialização da atividade celular local, provocando uma considerável aceleração do movimento.

Por fim, é decisivo uma sincronia no relacionamento pessoal/profissional para que haja engajamento máximo de todos ao tratamento, sem faltas as consultas, sem quebras de peças, com a máxima cooperação do paciente, com o objetivo comum de conquista de tratamentos eficientes e mais velozes.